segunda-feira, junho 02, 2014

Emptiness

Olá... Bom, primeiramente, desculpem-me por ter deletado o último post que eu fiz, eu só achei que fui tão mesquinha e egoísta, de certa forma, quando falei dos meus problemas, que pareceram totalmente idiotas quando fui ler o post pela segunda vez, então me toquei e deletei. 
Mas, de qualquer maneira, ainda estou com os mesmo problemas e eu sei que eles podem parecer muito supérfluos, mas eles estão me afetando de uma maneira que nunca senti antes. Tive minha primeira sessão com uma psicóloga hoje, e quando comecei a falar, novamente me veio a sensação de que estava falando estupidez, que o que eu tava falando era uma besteira tão enorme, tão idiota, se comparada com tantos outros problemas do mundo...
Antes de ir com a psicóloga, tive que marcar uma consulta com um psiquiatra, pra ele me encaminhar. Isso já faz algumas semanas, mas acontece que eu comecei a falar com ele e percebi que eu nunca tinha falado tão abertamente dos meus problemas com alguém antes, nunca. Então comecei a chorar, e não conseguia parar. O silêncio constrangedor alagou a sala toda, com minhas lágrimas. Parecia que eu era uma aberração. Foi uma aberração. Acho que nunca mais volto com esse médico, de tanta vergonha que fiquei.
Com relação ao meu peso: tô na mesma, faz meses que não saio desse peso. Pareço uma baleia encalhada no mesmo ponto, sinto como se eu fosse uma porca daquelas bem enormes que só pensam em comer o dia inteiro. Estou estudando muito agora, fazendo cursinho e às vezes passo a tarde toda tendo aulas, isso impede um pouco minha fome constante. Porém, quando estou em casa, parece que eu necessito comer, toda hora. Isso me dá uma angústia, uma ansiedade enorme.
Enfim, minha vida tá tão pacata, tão solitária, tão depressiva ultimamente, que não tenho, literalmente, nenhuma novidade que seja de extrema importância. Sinto vontade de me machucar de novo, pra ver se eu sinto alguma coisa, mas eu penso duas vezes antes, e vejo que não é a melhor saída, certo? Espero que sim.
E espero que vocês estejam bem. Vou voltar a comentar e a atualizar mais esse blog, preciso de alguém pra desabafar e sinto que minha psicóloga não vai ser suficiente. Então, peço perdão antecipadamente pelos meus posts depressivos que virão, e também pelos que já vieram. 
É isso, tenham uma boa semana. 


P.s.: Essa música é bem triste, mas resume um pouco da minha situação atual, não sei se vocês já conhecem, mas pra mim, é uma das que mais me tocam quando ouço. Ah, e não é o vídeo oficial, não tem um vídeo oficial na verdade. Essas imagens são do filme "Eu Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída", também muito triste, por sinal. 

sábado, dezembro 21, 2013

I've got nothing left to lose

Olás. Demorei um tempo pra voltar aqui porque não tenho muito o que contar mesmo. Bom, no domingo e na segunda feira fui fazer a prova da UNESP e eu acho que fui bem, mas nunca se sabe... 
Essa semana passou rápido demais. Ontem foi minha formatura, agora estou oficialmente formada. Uhul. Acontece que a formatura em si foi um fracasso, pelo menos pra mim. Estou totalmente sozinha e eu percebi mesmo isso ontem, quando eu, mesmo entre centenas de pessoas que estavam na festa, me senti completamente sozinha. Ninguém daquelas que se diziam minhas "amigas", nenhuma delas, foi até a minha mesa -que estava bem no centro do salão, aliás- conversar comigo ou me chamar pra dançar. Sabe, acho que é nessas horas que a gente vê quem é de verdade e quem só falava as coisas da boca pra fora (que nesse caso, é a maioria). Na hora dos discursos, eu chorei muito, mas eu não sei na verdade o porquê desse choro... Eu não tinha ninguém naquela classe, não de verdade, nunca tive. Eu acho que nesses 11 anos na mesma escola, vendo as mesmas pessoas, me fez refletir, como pude passar 11 anos convivendo com as mesmas pessoas, praticamente, e não sair de lá com pelo menos um (a) amigo/amiga verdadeiro (a)? Isso mostra pra vocês como nessa escola só tem e só passa, realmente, pessoas superficiais.
De qualquer forma, hoje já me sinto menos sozinha porque sei que ainda tenho minha família e também porque não terei mais que ver aqueles hipócritas nunca mais, pelo menos não todos os dias. Isso já me conforta um pouco. Agora é esperar o resultado da universidade e, se tudo correr bem, fugir pra bem longe, sendo isso tudo o que eu realmente preciso nesse momento. 
Quanto à minha dieta: estou indo muito bem. Não tenho vomitado tanto nos últimos dias. Isso tem me feito muito bem na verdade. Estou me controlando bem no que diz respeito às porcarias da vida, não tenho comido muitos doces nem nada do tipo. Espero conseguir perder os quilinhos que necessito até o fim do ano (que acontece de ser daqui a 10 dias, portanto, tenho que acelerar o processo). 
Tá, já falei demais por hoje. Até mais, espero que todas estejam bem, pelo menos melhor do que eu. 

sábado, dezembro 14, 2013

Something good can work

Meu dia hoje foi bem chato e nada proveitoso. Fui à farmácia e me pesei: 54,3 kg. Já tô tão cansada de ficar na casa dos 50, mas me parece que eu nunca chegarei nos 49. Sempre que tento entrar em uma dieta, eu falho já no segundo dia e acabo me entupindo e depois enfiando o dedo na garganta. Isso já tá me cansando de um jeito insuportável. Não consigo mais conviver com isso. Já fiz mil promessa pra mim mesma, que se eu vomitasse novamente eu iria me punir de alguma forma. Mas não, não adianta...
Anyway, amanhã é o primeiro dia da segunda fase da UNESP, só espero que eu consiga pelo menos essa vitória pra poder fechar o ano bem. Pelo menos isso eu preciso conquistar, porque esse ano foi só derrotas. Se eu conseguir, vou pra uma cidade longe daqui, vou conhecer gente nova, gente que não me conhece, que não faz a mínima ideia de quem eu sou e de como eu sou. Vou poder morar sem meus pais, ter mais liberdade, conquistar alguma felicidade. É só isso que eu preciso, sair dessa cidadezinha pacata e ficar bem longe desse povinho que só sabe falar mal dos outros e fazer picuinha. 
Vou colocar uma meta pra mim mesma nesse final de mês: conseguir perder meus 4,3 kg pra poder chegar nos 50 kg até o dia 1º de janeiro. Vou fazer um monte de NF e de LF, não sei como, mas vou. Quando me peso só aumenta essa minha vontade de perder mais e mais, isso me dá mais controle. Espero que eu consiga e que meu 2014 seja um ano cheio de (boas) surpresas.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Miserable

Não sei bem por onde começar mas enfim... Por uma questão de segurança, resolvi não expor aqui meu real nome, então podem me chamar só de Amy. Tenho 17 anos, acabei o ensino médio esse ano, então resolvi criar um (outro) blog, já que deletei o meu há alguns meses, porque não tinha mais tempo algum de atualizar. Enfim... primeiramente, não sei o que será de mim o ano que vem e, pra poder ocupar um pouco do meu tempo, criei esse blog, também pra ver se eu consigo me manter um pouco afastada dos maus pensamentos, já que aqui não sou a única a ter problemas. 
Sempre tive uma auto-estima extremamente baixa. Nunca, nunca mesmo, cheguei a olhar no espelho e pensar apenas coisas boas sobre o meu corpo/rosto. Quando eu tinha uns 12/13 anos eu comecei a perceber que eu não era tão magra quanto as meninas, mulheres da televisão, e eu ficava literalmente fascinada quando via aqueles ossinhos dos ombros, clavículas, costelas, enfim, todos saltados. E os meus não eram assim. Nunca estive acima do meu peso ideal, mas mesmo assim, isso me incomodava e ainda incomoda muito. A primeira vez que me forcei a vomitar foi quando eu tinha uns 14 anos. Eu tinha visto isso em alguma coisa na televisão, e achei o máximo, uma estratégia muito eficiente pra quando eu quisesse, sei lá, "esvaziar" quando eu comia demais. E foi isso que comecei a fazer todas as vezes que eu comia em "excesso". E faço até hoje.
Desde então eu comecei a fazer umas dietas meio loucas e a pular refeições pra ver se eu conseguia emagrecer um pouco mais. E consegui emagrecer. Ninguém percebeu nada. Nadinha. Isso me afetou de uma maneira muito forte, porque, de algum modo, eu consegui emagrecer, mas ninguém percebeu, nem minha mãe. Mesmo assim, meu sonho ainda é conseguir me enxergar no espelho e gostar de verdade do que eu vejo. Porém, esse sonho ainda me parece muito distante. 
Bem, pra não ficar um post muito longo, vou contando aos poucos sobre mim e minha rotina aqui, tanto alimentar quanto diária. Não vejo porquê falar tudo de uma vez, mesmo porque minha vida não é nada interessante, nem tenho muito o que contar. Quanto ao título do post, posso dizer que "Miserável" resume muito bem a minha vida, em todos os sentidos. E, nesse contexto, deixo aqui uma das minhas músicas preferidas.